Análise temporal da prevalência de hipertensão arterial no Brasil entre 2006 e 2023: evidências a partir dos dados do Vigitel
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Abstract
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes no Brasil e no mundo, sendo ainda uma das mais importantes comorbidades associadas a outras doenças crônicas e também um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Por isso, o estudo da prevalência da HAS numa população é fundamental para o planejamento, monitoramento e avaliação das ações para sua prevenção e controle. O objetivo do presente artigo é descrever a série histórica de prevalência de hipertensão arterial no Brasil entre 2006 e 2023, tanto para toda a população elegível da pesquisa, quanto de forma estratificada por sexo, faixas etárias, escolaridade, raça/cor, regiões e capitais brasileiras.
MATERIAIS E MÉTODOS: As fontes de dados utilizadas foram todas as edições do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). As análises foram realizadas com o auxílio do programa estatístico SAS on demand.
RESULTADOS: O ano de 2023 foi o ano de maior prevalência de HAS nas capitais brasileiras em toda a série histórica da pesquisa Vigitel, seguido pelo penúltimo ano da pesquisa. Em contrapartida, 2006 (primeiro ano da pesquisa) foi o ano de menor prevalência de HAS, seguido de 2007. A prevalência de HAS em 2023 seria ainda maior se considerássemos apenas indivíduos entrevistados por telefone fixo como ocorreu nos anos anteriores da série histórica. A faixa populacional com menor nível de escolaridade apresentou a maior prevalência de HAS ao longo de todo o período analisado. O município do Rio de Janeiro se destaca como o de maior prevalência de HAS dentre todas as capitais do país em 70,6% dos anos da série histórica, incluindo 2023.
CONCLUSÕES: A presente análise da série histórica do inquérito Vigitel indica que desde 2021 a prevalência de HAS tem sido maior no geral e em praticamente todos os subgrupos estudados, tendo 2023 como o pior ano da história da pesquisa.
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